A Rua Taquari sentia falta deles, aqueles quatro seres tão singulares que pela regência das estrelas Amizade e Amor, dividiam suas sortes.
Sentia falta da moça alta e magra, com alma de princesa e espírito matreiro, que leva a vida ao invés de deixar a vida lhe levar. Sentia falta dos seus insights que traziam comicidade à toda e qualquer situação, tornando a vida dos que a cercam mais leve.
Sentia falta do rapaz aventureiro que havia descoberto um amor transcendental em outro rapaz aventureiro e juntos, descobriram que a jornada da vida é breve, mas válida se você compartilha a sua gota de felicidade.
Sentia falta do rapaz doce, que mantinha sua alma gentil mesmo quando a vida lhe batia. E como ela bate forte nele. Mas, ele aguenta com coragem e gentileza. Sentia falta do seu riso solto e coração cheio de esperança.
Sentia falta da moça que vivia sob as expectativas do mundo a seu respeito, carregando um peso em seus ombros, tal qual Atlas, mas que com perseverança e um pouco de cinismo, ia fazendo as coisas do seu jeitinho. Sentia falta dos seus sonhos de menina.
Há tanto tempo eles não visitavam a Taquari, que esta sentia receio de lhes esquecer os traços, os tons de suas vozes, as nuances de suas risadas, os brilhos de seus olhos.
Mas, mesmo que nunca mais os visse, jamais os esqueceria por completo. Suas essências estavam irremediavelmente impregnadas naquela rua, em seu asfalto, nas paredes dos bares que a habitam. Porque é impossível esquecer alguém que é feito dos sonhos que alimenta e vive.
Quem sou eu
Trechos
Arquivo do blog
Afinidades
-
-
-
-
-
-
-
Nós, na PáscoaHá 3 anos
-
-
-
-
-
-
ExistencialismoHá 6 anos
-
-
-
-
-
-
-
-
Sobre o fim e novos começosHá 8 anos
-
-
-
-
-
-
-
PrincípioHá 14 anos
-
-
-
-
-